sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mundo Secreto


No meu aconchego é onde eu posso me deleitar, é aqui onde os meus medos se limitam a simples sombras como as que se dispersam das asas de um pássaro em seu sublime voo.
Aqui, nada além deste feixe de luz que emana do sol e se despende na janela. Nada além do som do vento, o mais amplo silêncio que se dispersa em ecos.
Todos os meus sentidos se encontram em uma ùnica sintonia.
Ver, sentir, ouvir...
Este mundo secreto me permite sonhar e voar para bem longe, além do que eu poderia querer, além do que os meus limites me permitiriam...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Abstruso Querer



É algo amplamente subversivo, algo funesto, como um ser disforme que provoca assombro.
Este ser vem da obscuridade, e para a obscuridade te levará... 
Ao observá-lo profundamente, um sobressalto: a sublime e virente claridade se esconde em seu mais profundo receptáculo. Ela torna todo seu apanágio intrínseco que outrora seria monstruoso na mais frágil e tênue evidência da sua dualidade.
E neste momento, quando isto é visível, o medo e o temor submergem-se ao envolvimento provocado pelo seu  esplendor.
O desejo de se aventurar ao desconhecido, deixar tudo o que se compreendia e seguir o inusitado te deixa harto, e nada evitará o seu profundo mergulho nesta escuridão que te faz enxergar.
Depois de sentir, volver-se é impossível...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Apetecer obscuro

Um olhar, e em seguida um sorriso retraído. Seria esta a intenção?



Talvez a percepção não seja mais sua melhor arma. Seria fácil entender o que às vezes fica subentendido, porém este arguto sentido de imaginação se perderia em meio aos outros tantos desejos que vão e vem, e muitas vezes nem sequer deixa sua marca...
O querer se tornou débil, e este desempoado sentimento descobriu que o seu espaço é somente aquilo que ele próprio se permite a atingir.